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Baixa ocupação de leitos não representa fim da pandemia

Vacinação e medidas sanitárias ainda são estratégias para ajudar a acabar com a pandemia

médica Ana Rachel Rodrigues (Crédito: Assessoria de Imprensa)

Os dados apresentados nos boletins epidemiológicos das instituições de pesquisa e de secretarias estaduais de saúde não deixam dúvidas quanto à eficácia da vacina contra a Covid-19. A redução do número de internações por pacientes que já foram imunizados completamente (com as duas doses) é expressiva, mas os cuidados para evitar a propagação do coronavírus e suas variantes precisam ser mantidos para que a pandemia, de fato, chegue ao fim e todos possam voltar a uma vida sem medo da doença, que já matou mais de meio milhão de brasileiros.


O Boletim do Observatório da Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz, publicado no último dia 25, apontou que 22 estados brasileiros estão fora da zona de alerta para a doença, pois apresentam uma taxa de ocupação de leitos exclusivos para Covid-19 abaixo de 50%. Entre eles, o Maranhão, que no dia da divulgação do documento, apresentava uma taxa de ocupação de leitos de 49%. No Pará, este índice era de 40%; e o Ceará tinha 36% dos leitos destinados a pacientes com coronavírus ocupados.


Em estudos anteriores, a Fiocruz já tinha apontado uma mudança no perfil dos pacientes hospitalizados, onde se observa uma diminuição de internações de idosos, os primeiros a serem imunizados completamente. Atualmente, se discute a necessidade de uma terceira dose de vacina (a chamada dose de reforço) para os grupos mais vulneráveis à infecção do coronavírus e várias cidades começaram a vacinar adolescentes.


"As vacinas contra a Covid-19 têm eficácia comprovada por testes seguros e sérios, mesmo com o questionamento de que as vacinas foram produzidas em tempo muito curto, isso se deveu a um investimento grande por parte da indústria e governos e já há muitas tecnologias desenvolvidas para a produção de outras vacinas que puderam ser adaptadas", diz a médica infectologista Ana Rachel Rodrigues, do Sistema Hapvida.


Ela reforça que ainda não existe tratamento eficaz para a Covid-19, por isso a vacina e as medidas sanitárias são as únicas maneiras para acabar com a pandemia. "A adesão em massa da vacinação diminui a propagação do vírus e, assim, a ocorrência de novas variantes que podem ser mais letais ou mais contagiosas. Tem que se considerar que a vacina é muito mais segura que a infecção e todas as complicações que podem ocorrer com o desenvolvimento da doença", acrescenta.


A fala da especialista ajuda a encerrar os questionamentos que surgiram depois da morte do ator Tarcísio Meira, que havia tomado duas doses da anti-covid-19 e, por isso, dúvidas sobre a eficácia dos imunizantes foram levantadas. "Há que se considerar alguns fatores como idade, comorbidades presentes, complicações desenvolvidas durante internação prolongada em UTI, além disso, nos idosos, há o fenômeno da imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imunológico, que torna as respostas das vacinas menos eficientes", levanta Ana Rachel, sobre a situação que envolveu o artista.


"As vacinas irão apresentar frações de vírus ou bactérias para o nosso sistema imunológico, e assim serão produzidos anticorpos para combater esses microorganismos. Caso haja contato com a doença, o organismo já terá anticorpos", explica a médica, sobre como as vacinas agem no corpo. Alguns efeitos colaterais, como febre, mal estar e dor no corpo podem ser manifestados, mas nada que possa trazer maiores complicações.


A infectologista encerra com um apelo para que ninguém deixe de tomar a segunda dose da vacina, pois é só com as duas doses que a proteção estará garantida e a transmissão da doença irá diminuir. "Hoje, há milhões de pessoas vacinadas no mundo, com raríssimas complicações, comprovando que os benefícios da vacina superam os riscos", encerra.



Por Assessoria de Imprensa.

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