Paciente do Hospital Metropolitano usa a própria história de superação para alertar sobre os riscos da imprudência no trânsito e sobre a dificuldade na recuperação
Protagonista de uma história cheia de desafios após ser atropelado, o estudante Vinícius Rangel Araújo, 21 anos, usa um momento trágico da sua vida para conscientizar a população quanto à segurança no trânsito.
Tudo aconteceu no dia 4 de setembro, quando o estudante foi atropelado por um carro em alta velocidade na Avenida Augusto Montenegro, em Belém. O causador do acidente fugiu sem prestar socorro ao jovem.
Vinícius foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (RMB).
“Cheguei no Hospital Metropolitano com traumatismo craniano e o meu estado de saúde era grave”, comenta. “Desde a minha internação, minha família acompanhou e registrou o meu tratamento difícil e doloroso. Hoje eu uso essas imagens para conversar com as pessoas e mostrar que para dirigir precisa de cuidado”, disse.
Vinícius continua usando as redes sociais como principal ferramenta para contar a sua história. “Olhando tudo o que o meu sobrinho passou, podemos definir a vida dele como: um milagre!”, disse a tia do jovem, Kamila Araújo.
Além disso, o Hospital Metropolitano preparou um vídeo com o jovem onde ele narra a luta pela sobrevivência.
O material será exibido durante todo o mês, em alusão a campanha "Maio Amarelo", que tem o objetivo de mostrar para a população que a imprudência no trânsito pode causar vítimas.
Assista ao vídeo do ex-paciente: Clique aqui.
Dados de atendimentos
O Hospital Metropolitano é uma unidade do Governo do Pará, sob gestão da entidade filantrópica Pró-Saúde. A unidade é referência no atendimento de traumas sendo referência para mais de 60 munícipios.
De janeiro a março de 2021, o Hospital Metropolitano recebeu 997 pacientes vítimas de acidentes de trânsito. No mesmo período de 2020, foram 1.039 vítimas da imprudência nas vias paraenses, ou seja, uma queda de 4,04% desse tipo de atendimento.
Em 2019, foram admitidos 1.622 pacientes entre 15 e 29 anos vítimas de acidentes de trânsito na unidade. Já em 2020, mesmo durante o período da pandemia, o Metropolitano registrou 1.802 atendimentos de pacientes na mesma faixa etária.
O coordenador do Pronto Atendimento da unidade, Dr. José Guataçara, comenta que os fatores que mais causam acidentes são: uso do celular, consumo de álcool, excesso de velocidade, vulnerabilidade no trânsito, e no caso de motos, falta do uso de capacete.
“Lamentamos que sempre falamos as mesmas coisas. Apresentamos dados. Fazemos campanha. Mas ainda sim os acidentes estão aí. Devemos lembrar que no trânsito não é só nossa vida que está em risco, mas sim de outras pessoas”, alerta o médico.
Guataçara ainda é mais específico quanto aos condutores de motos. “Na moto, a questão é ainda mais delicada, já que a única proteção é o capacete. Então prudência é a palavra chave para não ter problemas no trânsito”, complementa.
Informações Ministério da Saúde mostram que os acidentes no trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros feridos nos últimos dez anos, e representaram um custo de cerca de R$ 2,9 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).
“As campanhas que envolvem esse tipo de assunto são apenas algumas das muitas elaboradas e criadas pelo Hospital Metropolitano e que busca conscientizar as pessoas quanto a segurança no trânsito”, destacou Alba Muniz, diretora Hospitalar.
Por Diego Monteiro - Ascom Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.
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