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Cuidar da aparência também é coisa de homem

Esteticista Paula Esther diz que procedimentos melhoram saúde e autoestima


(Crédito: Divulgação)

Durante muito tempo, os cuidados com a aparência foram associados ao público feminino. Agora, o cenário da estética pessoal mudou. Com o avanço dos estudos e o surgimento de novas técnicas e práticas, tratamentos complexos, orientados por profissionais especializados, passaram a chamar a atenção dos homens, que sempre sofreram com a cultura machista de que se cuidar não era para eles.


De acordo com dados apresentados no Caderno de Tendências #2019-2020, desenvolvido pela Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o público masculino está cada vez mais consciente da importância de se cuidar e começa a demandar produtos e serviços com atributos e benefícios específicos para suas necessidades.


A esteticista Paula Esther, dona da clínica Dra Beauty Belém - Estética Avançada, avalia que o público masculino procura por tratamentos estéticos porque se conscientizou de que esses procedimentos podem melhorar sua autoestima e evitar desconfortos futuros, passando por cima de uma cultura machista. “Isso é uma questão de mudança cultural. O homem entendeu que ele precisa se cuidar. A maioria só ia para academia, agora tem que cuidar do rosto também. Eles descobriram que podem reverter algumas situações”, explica a esteticista.


Paula percebeu que a presença do público masculino aumentou significativamente na clínica. Antigamente, seus clientes masculinos eram 20% e o feminino, 80%; agora, são 40% homens e 60% mulheres. Com a crescente presença de clientes masculinos, os procedimentos estéticos mais procurados são: diminuição das marcas de acne e linhas de expressão, diminuição da oleosidade e perda da gordura localizada.


Não há idade nem classe social para realizar os tratamentos estéticos, atualmente mais acessíveis para todos os públicos. Paulo de Jesus, de 60 anos, é autônomo, nunca foi vaidoso e achava que quem frequentava clínica de estética eram pessoas com grande poder aquisitivo, até um amigo avisá-lo de que estava ficando careca e ele procurar ajuda. “Eu senti um choque quando um conhecido falou que eu estava ficando careca e falou para eu me cuidar porque ainda não tinha reparado. A Paula disse que tinha solução”, falou o autônomo, que faz tratamento para calvície.


David Carvalho, de 29 anos, é enfermeiro e não se cuidava muito, até perceber que as pessoas estavam se cuidando mais e que hoje em dia os procedimentos ficaram mais acessíveis. “Eu comecei a me cuidar mais porque eu percebi que não estava tão satisfeito com minha aparência, percebi que não me cuidava muito. Também pela acessibilidade, hoje em dia está muito mais barato e acessível. Percebi também que as pessoas estão se cuidando mais, então eu decidi experimentar”, conta o enfermeiro.


David fez botox para eliminar linhas de expressão e rugas, microagulhamento e limpeza de pele e ainda precisa lidar com alguns comentários de conhecidos. Apesar disso, se sente melhor e mais confiante. “Quando meus amigos sabem que eu fiz algum procedimento, eles ainda ficam de brincadeirinha, mas também ficam curiosos e com vontade. Hoje em dia, não existe mais essa de fragilidade masculina, se cuidar é uma necessidade, vai além da aparência, cuidar do emocional, do se sentir bem consigo mesmo”, explica o jovem.


A esteticista Paula complementa que o correto é cuidar da saúde. A percepção de que só mulher se cuida, entende, deve ser mudada. “Tem que mudar essa percepção (de que homem não se cuida), todos têm que se cuidar, cuidar da autoestima, da saúde mental. Também através de procedimentos estéticos se eleva a autoestima do homem”, comenta a esteticista.

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